Colar de Chaves, vídeo, 2’30”
Neste vídeo-proposição, Greyce Santos, do Movimento Ocupa Deartes, fica responsável pelas chaves da Instituição e encena a incorporação de um colar-inflexão numa posição que produz diferenças.
Ficha técnica:
Direção: Milla Jung
Atuação: Greyce Santos
Captação de imagem: Felipe Prando
Edição: Vivaldo Vieira Neto
Documentação na oficina "Imagin(Ação): narrativas poético-políticas para estados de crise: ateliê-oficina para manifestações-exposições-ópera." no Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder.
Arte
Ocupação
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Idealização: Milla Jung
Surgimento: 2016
Localização: Curitiba, Paraná, Brasil
Web: @arteocupacao.com
Concebida pela artista e pesquisadora Milla Jung, Arte Ocupação é uma iniciativa que surgiu no ano de 2016 e atuou junto aos estudantes secundaristas das escolas ocupadas no estado do Paraná, propondo debates, experimentações poéticas e ações de intersecção entre artistas, ativistas, professores e alunos da rede pública de educação. Nesse ano, as ocupações davam corpo a uma importante onda de protestos de estudantes país afora, posicionando-se contra pautas como as da PEC 241, da reforma do ensino médio e da proposta "Escola sem partido". Partindo justamente dos debates que insuflavam a conjuntura política do Brasil e do cenário internacional, o projeto Arte Ocupação somou-se junto aos secundaristas da cidade de Curitiba e passou a modular um corpo de ações que tomavam essas pautas e lutas em voga como seu eixo condutor. Foi então que o projeto tomou forma, enunciando e protagonizando o ambiente escolar como um espaço público por excelência – um espaço a favor da imaginação, da formação de sujeitos políticos e da problematização da ideia de educação e cidadania.
Atuando como um projeto colaborativo de longa duração, Arte Ocupação passou a ativar intervenções e propositivas em meio ao trabalho de gestão e formação da ocupação estudantil. Nesse processo, a sequência de atividades que já se dava no espaço escolar – como aulas públicas, assembleias, manifestações e tarefas diárias de organização – passava então a ser atravessada por práticas colaborativas e experimentais que faziam uso da prática artística como um ferramental de mobilização que explorava outras linguagens e recursos de percepção. Essas ações e experiências promovidas resultaram em um conjunto de registros e em trabalhos sonoros e audiovisuais, fruto das instâncias de troca na ocupação. A iniciativa tornou-se também objeto da tese de doutorado de Milla Jung, intitulada "Arte Ocupação, práticas artísticas e a invenção de modos de organização", defendida no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).